A ministra da Cultura, Graça Fonseca, lamentou, este domingo, "a morte precoce", por doença súbita, de Bruno Navarro, presidente do conselho diretivo da Fundação Côa, destacando "a sua paixão pelo que fazia, como o património cultural que tão bem guardou".
"É com a maior consternação que acabámos de tomar conhecimento do súbito falecimento do Prof. Doutor Bruno Navarro, presidente do Conselho Diretivo da Fundação Côa Parque. Com efeito, nada faria prever tão dramático acontecimento, que constitui uma enorme perda para o país e para a instituição [FCP] a cujos destinos presidia desde 2017", indicou uma nota da Associação dos Arqueólogos Portugueses (AAP). "O que é certo é que, graças às suas elevadas qualidades humanas e capacidades de gestão, depressa conseguiu conquistar as boas graças dos cerca de 50 trabalhadores que integram os quadros da Fundação Côa Parque, bem como a aceitação generalizada da Comunidade Arqueológica", avançou igualmente o dirigente.
A associação lembrou que o Museu do Côa é um edifício com problemas de manutenção e que Bruno Navarro começou por ouvir todos os trabalhadores do museu e do Parque Arqueológico do Côa, para se inteirar dos problemas e necessidades das respetivas áreas. Nesse sentido, "conseguiu que o Estado assumisse o avultado passivo que havia sido acumulado nos anos anteriores, para que a Instituição readquirisse a credibilidade que havia perdido, e assegurasse os financiamentos necessários "para manter o seu funcionamento". Nos anos que se seguiram, verificou-se "um aumento substancial da visibilidade e do número de visitantes" e foram mobilizados "todos os investigadores no sentido de obterem junto da Fundação da Ciência e Tecnologia e de outras instituições nacionais e internacionais os meios necessários para prosseguirem as suas investigações", acrescentou.
Bruno Navarro nasceu em Coimbra, em 1977, mas viveu na freguesia de Freixo de Numão, no concelho de Vila Nova de Foz Côa, até terminar os estudos liceais. Era presidente do conselho diretivo da Fundação Côa Parque, a entidade que gere o Museu e Parque Arqueológico do Vale do Côa, desde 26 de junho de 2017, após nomeação pelo Ministério da Cultura.