Portugal já recebeu mais de 400 mil doses da vacina contra a covid-19, informou esta segunda-feira a ministra da Saúde, Marta Temido, em conferência de imprensa.
Do total de vacinas, 357 mil doses da Pfizer chegaram até ontem a Portugal e outras 86.580 chegaram hoje. Da Moderna, chegaram até ao momento, 19.200 doses.
"Até ontem, o nosso país recebeu 387 mil vacinas da BioNTech/Pfizer e 19 mil da Moderna. Hoje foram recebidas mais de 86 580 mil vacinas da BioNTech/Pfizer", afirmou.
Da farmacêutica AstraZeneca, que foi aprovada pela Agência Europeia do Medicamento e pela Comissão Europeia na sexta-feira, irá a Portugal chegar um total de 6,8 milhões de vacinas. As primeiras já durante a próxima semana, entre os dias 9 e 19 de fevereiro.
Segundo a ministra da Saúde, foram administradas 340 mil doses da vacina, sendo que 270 mil são referentes à primeira dose e 70 mil doses à segunda fase, sendo Portugal o "sétimo país" com mais vacinas administradas. "A 31 de janeiro, Portugal tinha 3,3 doses administradas por 100 pessoas e era o sétimo país do ranking", disse.
Em relação ao próximo passo do plano de vacinação, Marta Temido assegura que "vai iniciar-se [em] pessoas com mais de 80 anos e pessoas com entre 50 e 79 anos com morbilidades", sendo que "já foram inoculados profissionais de saúde, residentes e profissionais de lares e semelhantes, centros de cuidados continuados e centros de diálise".
Deste novo "grupo", Luís Goes Pinheiro, presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, também presente na conferência de imprensa, avançou que irá fazer parte um total de cerca de 900 mil pessoas e que a convocatória será feira por SMS. "A convocatória será feita por SMS, com a data e local sugeridos. Terá de se responder 'Sim'. Caso não haja resposta, será determinado outro modelo de convocatória", afirmou.
Sobre o apoio de outros países a Portugal, devido ao agravamento da pandemia de covid-19 e à falta de meios hospitalares, a ministra refere que o objetivo é "alargar a nossa capacidade de resposta de cuidados intensivos", no entanto não pretende avançar com pormenores até haver "certezas" – apesar de o governo alemão esta tarde ter avançado com o número de médicos que irá disponibilizar a Portugal, bem como os equipamentos.
"Hoje estamos mais próximos de uma colaboração com a Alemanha. Quando tivermos a certeza de quantos profissionais chegarão e de como vão funcionar, comunicaremos ao país. Estamos a trabalhar com vários países em várias hipóteses de solução. A nossa linha é alargar a nossa capacidade de resposta de cuidados intensivos", disse.