A Câmara Municipal de Lisboa (CML) lançou ontem a plataforma escolar de ensino à distância para todos os alunos do 1.º ciclo do ensino público de Lisboa, “+Sucesso Escolar”.
O objetivo da plataforma é apoiar as atividades letivas enquanto não se volta ao ensino presencial. Em comunicado, a CML informa que a nova plataforma “integra recursos educativos e pedagógicos que permitem criar um ambiente inovador, interativo e estimulante”. Tal como nas plataformas Teams ou Zoom, que têm sido frequentemente usadas como veículo de ensino, a “+Sucesso Escolar” permite fazer chamadas por videoconferência mas sem que necessidade de recorrer a registos adicionais. A autarquia sublinha ainda que as crianças, além de poderem aprender e partilhar trabalhos vão também “explorar e brincar, através de um conjunto de atividades interativas que desafiam a imaginação, a curiosidade e o saber”.
O vereador da Educação e Direitos Sociais da CML, Manuel Grilo, recorda que é “através da escola que são garantidos mecanismos que combatem as desigualdades” e por isso, enquanto as escolas estão encerradas, é importante “garantir que existem espaços em plataformas digitais, de qualidade e gratuitas, onde se possa fomentar a a comunicação entre alunos e professores, promovendo o trabalho de grupo e a manutenção do sentido de pertença à turma”.
A plataforma foi criada no âmbito do programa “Covid-19: Programa para redução das desigualdades dos alunos do 1.º Ciclo das Escolas do Município”, aprovado no ano passado.
O Governo ordenou o fecho das escolas no passado dia 21, sendo que uma semana depois declarou o retomar das atividades letivas, através das plataformas online, já a partir da próxima segunda-feira, dia 8. Esta medida é já conhecida dos alunos e encarregados de educação que, depois do fecho dos estabelecimentos de ensino em março no ano passado, foram obrigados a recorrer ao ensino à distância durante o segundo e o terceiro período do ano escolar.
Relativamente à questão do ensino à distância, o Governo adiantou na semana que estava prevista a chegada de 335 mil computadores às escolas até março, juntando-se assim aos 100 mil que tinham sido entregues até ao final do 1.º período.