Nadhim Zahawi, ministro responsável pela vacinação no Reino Unido, disse, esta quinta-feira, em entrevista à SkyNews que há cerca de 4.000 variantes do SARS-CoV-2 em todo o mundo.
O responsável destacou que há uma espécie de “biblioteca” de mutações do novo coronavírus. Segundo o ministro britânico é ainda “muito improvável” que as atuais vacinas não funcionem contra estas novas variantes do vírus.
“Temos [no Reino Unido] a maior indústria de sequenciação de genomas – temos cerca de 50% da indústria de sequenciação genética – e estamos a ficar com uma biblioteca de todas as variantes para que estejamos prontos para responder, seja no outono ou depois, a qualquer desafio que o vírus possa apresentar”, afirmou.
Nadhim Zahawi destacou que os fabricantes das vacinas como a Pfizer/BioNTech, a Moderna e a Oxford/AstraZeneca estão já à procura de formas para melhorar as suas vacinas.
“É muito improvável que a atual vacina não seja eficaz nas variantes seja na de Kent [onde começou por ser detetada em setembro] ou noutras variantes, sobretudo quando se trata de doença grave ou de hospitalizações”, disse.
“Todos os fabricantes, a Pfizer-BioNTech, a Moderna, a Oxford-AstraZeneca ou outros, estão à procura de formas de conseguir melhorar as suas vacinas para se ter a certeza de que estão prontas para qualquer variante – há cerca de 4.000 variantes no mundo agora”, destacou.
De realçar que o facto de existirem milhares de variantes do SARS-CoV-2 faz parte do processo de evolução do vírus. Contudo, apenas algumas o conseguem alterar de forma a influenciar a sua função ou patogenicidade.
Neste momento, as variantes que mais têm preocupado, além da britânica, são as detetadas em África do Sul e no Brasil.