Costa pede “serenidade” e tranquiliza portugueses sobre vacinação: “Vão receber mensagem, carta ou telefonema”

Chefe do Governo diz que “é preciso aguardar”.

O primeiro-ministro, António Costa, pediu aos portugueses que aguardem com “serenidade” pela vacinação contra a covid-19, garantido que todos vão ser chamados para tomar a vacina.

Em declarações aos jornalistas após uma visita ao hospital privado CUF Tejo, Costa deixou uma mensagem para as pessoas com mais de 50 anos e com doenças associadas, e para os idosos com mais de 80 anos, que vão agora começar a receber a vacina.

“Hão de receber uma mensagem a dizer qual é o local, dia e hora da vacinação. Não têm de correr ao seu centro de saúde nem urgências do hospital, têm apenas de aguardar pela sua vez. Quem não tem telemóvel irá receber telefonema ou carta. É preciso aguardar”, disse o chefe do executivo.

De acordo com Costa, o plano de vacinação está desejado para que no verão cerca de 70% da população esteja vacinada.

O primeiro-ministro não deixou de alertar, no entanto, que “estamos todos dependentes a montante da produção por parte da indústria farmacêutica”, lembrando que uma vacina nunca tinha sido desenvolvida e comercializada em tão pouco tempo.

“Foi feito em tempo recorde (…) Foi um trabalho extraordinário, mas isso coloca-nos um desafio porque a pandemia é à escala mundial e para ficar resolvido é preciso erradicá-la à escala global”, sublinhou.

“É fundamental que a AstraZeneca aumente a sua capacidade de produção, que a Moderna aumente a sua capacidade de produção, porque já percebemos que só retomaremos a normalidade da nossa vida quando pelo menos 70% de nós estivermos vacinados”, disse, revelando que esta semana vão ser disponibilizadas mais 6.100 doses da Moderna para vacinação de profissionais de saúde do setor privado.

Costa voltou a sublinhar o processo vai continuar “semana a semana” e que é importante que “cada um aguarde serenamente pela sua vez para ser vacinado”.

Na mesma visita, o primeiro-ministro agradeceu aos profissionais de saúde do setor privado e social que “têm estado mobilizados sempre que necessário para responder à pandemia”.

“Estamos a viver o momento mais crítico, que é também o momento em que essa colaboração mais se demonstrou”, disse.

Segundo Costa, há neste momento 53 acordos em todo o país com instituições do privado e social, 13 desses acordos especificamente para doentes covid.