A vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e produzida pelo laboratório AstraZeneca é pouco eficaz contra variante sul-africana do novo coronavírus. A notícia é avançada pelo jornal The Financial Times, que se baseia num estudo ainda preliminar da Universidade de Witwatersrand, na África do Sul, e da própria Universidade de Oxford.
O estudo concluiu que a vacina da AstraZeneca, que irá chegar a Portugal na próxima terça-feira, é pouco eficaz nas doenças leves provocadas por esta variante. “Nesta fase I/II de testes, os dados mostram uma eficácia limitada sobretudo contra a doença leve provocada pela variante da África do Sul B.1.351”, explicou um porta-voz da AstraZeneca ao Financial Times.
Em relação às doenças graves, os investigadores não conseguiram "apurar o efeito da vacina", uma vez que a maioria das pessoas que participaram na investigação – mais de duas mil – eram jovens e saudáveis. "Não conseguimos apurar o efeito da vazina em casos de doença grave e hospitalização", referiu o mesmo porta-voz.
Recorde-se que a vacina da AstraZeneca mostrou-se eficaz conta a variante do SARS-CoV-2 que surgiu no Reino Unido. No entanto, há vários países a limitarem a idade para o uso desta vacina devido a incertezas quanto à eficácia e segurança em pessoas com mais de 55 anos. As autoridades portuguesas ainda não se pronunciaram sobre uma eventual limitação.