Morreu este domingo, aos 90 anos, o antigo presidente argentino Carlos Menem.
A notícia foi confirmada pelo hospital Los Arcos de Buenos Aires, onde Menem estava internado desde 15 de dezembro devido a uma infeção urinária que lhe provocou problemas cardíacos. Na véspera de Natal, o antigo chefe de Estado argentino foi induzido em coma devido a uma insuficiência renal, e embora tivesse apresentado melhorias, chegando a acordar do coma, acabou por morrer hoje.
O ex-Presidente já tinha sido hospitalizado em junho de 2020, com uma pneumonia.
De realçar que Menem foi Presidente durante dois mandatos consecutivos, entre 1989 e 1999, sendo a pessoa que mais tempo comandou o país de forma ininterrupta.
Desde 2005, Menem era senador, representando a província de La Rioja. A sua última participação na política ocorreu em reuniões virtuais do Senado devido à pandemia.
Menem viu o seu nome envolvido em vários casos de corrupção. Em 2019, foi condenado a uma pena de três anos e nove meses de prisão por fraude na venda de um imóvel na década de 90, tendo sido acusado de desviar fundos públicos para essa transação. No total, as penas correspondiam a nove anos de prisão, que Menem não cumpriu porque nunca foi condenado pelo Senado, graças ao cargo de senador que lhe concedia imunidade.
