Nova coordenação esclarece que “não existe qualquer alteração” ao plano de vacinação contra a covid-19

Novo coordenador explica que o plano não vai sofrer alterações em relação ao que tinha sido definido durante a gestão de Francisco Ramos.

O vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, novo coordenador da task force para o plano de vacinação contra a covid-19 em Portugal, esclareceu, esta sexta-feira, que "não existe qualquer alteração ao estabelecido no plano em vigor".

O esclarecimento surge depois de o semanário Expresso ter noticiado que a escassez de vacinas tinha levado à alteração do plano inicial da vacinação, retardando a vacinação às Forças Armadas e forças de segurança, bombeiros, elementos de órgãos de soberania, como tribunais e o parlamento, e mesmo médicos que não estivessem na linha da frente.

Em comunicado, o coordenador da task force explica que o plano de vacinação define, dentro da presente fase – a primeira -, dois grupos prioritários em função de dois propósitos. O primeiro é salvar vidas, estando assim incluídos cidadãos mais vulneráveis em contexto de pandemia, com idade superior a 50 anos e morbilidades associadas e com idade superior a 80 anos. O segundo é conferir resiliência à resposta do Estado, começando pelo setor da saúde e progressivamente alargando a outros setores críticos e essenciais, nomeadamente Forças Armadas, Forças de Segurança e Bombeiros.

Assim, na fase de distribuição de vacinas em que o país se encontra, e tendo em conta as atuais limitações conhecidas na disponibilidade global de vacinas, "a administração das mesmas a estes dois grupos tem sido efetuada à razão de 90% das vacinas disponíveis para cidadãos do primeiro grupo ("salvar vidas") e 10% para o segundo grupo ('resiliência do Estado em período de pandemia')", clarifica.