Se o espectador não pode ir até ao teatro, o teatro vem até ao espectador: Teatro também se lê

Foi no primeiro dia do ano que se estreou a nova série da plataforma RTP Palco: Teatro também se lê. Um projeto que engloba vários textos teatrais, interpretados por um conjunto de atores de quem as caras nos são bastante familiares.

O objetivo é trazer o teatro até nossas casas. A viagem leva-nos até ao século XIX, à casa do compositor alemão Richard Wagner, autor de grandes libretos de muitas óperas conhecidas. Do processo criativo faziam parte reuniões, realizadas na sua sala, onde amigos, cantores e atores, o ajudavam a testar a qualidade do texto. A cada um era delegada uma personagem seguindo-se uma leitura animada dirigida pelo compositor.

No século seguinte, vemos a mesma prática nos estúdios de Hollywood, onde as equipas se reuniam com o elenco realizando uma leitura completa do guião antes de procederem às filmagens. Numa altura em que vemos o setor cultural praticamente congelado devido à situação pandêmica que vivemos, a RTP Palco recupera a magia das leituras dramatizadas.

O projeto Teatro também se Lê veio, não só colmatar a falta daquelas noites em que saímos de casa rumo ao Teatro D. Maria II, como também enfatizar o papel importante que a leitura pode ter através da interpretação dos atores. Na plataforma já se encontram disponíveis, desde o dia 1 de janeiro, as leituras: “Monólogo do Vaqueiro”, de Gil Vicente, com José Raposo; “Cartas Portuguesas”, de Mariana Alcoforado, na tradução de Eugénio de Andrade, com Margarida Marinho; “O Rei Imaginário” e “Antes de Começar”, de Almada Negreiros, com Leonor Seixas e Guilherme Gomes.

No próximo mês de março ficarão disponíveis mais duas novas peças, com conteúdos exclusivos: 11 de março – “Em Busca do Tempo Perdido, I Capítulo de “O Lado de Swann”, de Marcel Proust, na tradução de Pedro Tamen, com Gonçalo Waddington. 25 de março – “Diário de Um Louco”, de Nikolai Gógol, na tradução de Nina Guerra e Filipe Guerra, com André Gago.