Herói ou estupor? As opiniões dividem-se relativamente ao condecoradíssimo oficial guineense das Forças Armadas Portuguesas, que morreu com o posto português de tenente-coronel. Foi precisamente a propósito da morte dele que as opiniões divididas surgiram.
Para uns, tratava-se de um herói português, barbaramente espancado no Ralis, nas confusões do PREC, em 1975. Vasco Lourenço fez a sua denúncia em nome da Revolução.
Se o que ele fazia era criticável em oficiais portugueses, que por isso terão ficado pelo caminho, também era criticável para ele. Caso contrário, não.
Daí a nunca o entregar à Guiné, por ter sido levado a combater pelo Portugal colonial e não queria submeter-se ao que ali lhe fariam, está tão certo para ele, como para outros menos condecorados, mas em situações semelhantes. Agora, dar-lhe um tratamento diferente do dos outros portugueses em situação parecida ou igual, parece-me absurdo. Mas opiniões, todos podemos ter.