A China quer aumentar a produção das suas vacinas contra o novo coronavírus para dois mil milhões de doses, em 2021, e quatro mil milhões, até 2022. O objetivo do país é tornar-se o maior fornecedor de vacinas para os países em desenvolvimento.
Os quatro mil milhões de doses irão cobrir até 40% da procura global de vacinas, estimou o presidente da Associação da Indústria das Vacinas da China, Feng Duojia.
A China já distribuiu doses das suas vacinas, desenvolvidas pela Sinopharm, Sinovac e CanSino, em 22 países em desenvolvimento, de acordo com dados do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês. No total, as vacinas já chegaram a África, ao Sudeste Asiático, à América Latina e à Europa.
No continente europeu, há apenas dois países a administrar vacinas chinesas – a Sérvia e a Hungria –, mas na Amértica Latina há mais de uma dezena, entre os quais o Uruguai, República Dominicana, México, Colômbia, Bolívia, Argentina, Brasil e Peru.
A China também entregou 10 milhões de doses à Covax, uma iniciativa da Organização Mundial de Saúde e da Aliança para o Acesso às Vacinas, que pretende fornecer vacinas a países de médio e baixo rendimento.
"Cerca de 27 países, a maioria deles em desenvolvimento, mostraram interesse em importar vacinas chinesas. Alguns já receberam remessas. No total, a China está a fornecer ajuda a 53 países em desenvolvimento e continuará a fazê-lo da melhor maneira possível", disse, esta terça-feira, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros.