Numa altura em que o Brasil continua a bater recordes relacionados com a covid-19, Jair Bolsonaro voltou a fazer declarações polémicas. O Presidente brasileiro afirmou, esta sexta-feira, que os governadores que “fecharem” os seus estados é que devem pagar o “auxílio emergencial” – um apoio instituído pelo Governo Federal do Brasil para conter os efeitos da pandemia de covid-19 na população mais pobre e trabalhadores informais.
Bolsonaro não explicou, no entanto, mais detalhes, mas a declaração foi um aviso aos governadores de várias partes do país que estão a adotar medidas mais restritivas para impedir a propagação da covid-19, como o recolher obrigatório e a proibição de atividades não essenciais. De realçar que, na quinta-feira, o Brasil registou um novo recorde diário de mortes por covid-19: 1.582.
“Esses que fecham tudo e destroem empregos estão na contramão daquilo que seu povo quer. Não me critiquem, vão para o meio do povo mesmo depois das eleições”, afirmou Bolsonaro.
De realçar que na quinta-feira, o Presidente braileiro já tinha gerado polémica ao afirmar que as máscaras de prevenção contra a covid-19 causam “efeitos colaterais”. No mesmo dia, admitiu que pondera continuar com subsídios para os mais carenciados durante a pandemia. Apoios estes que agora ameaça não pagar.