O primeiro-ministro apelou, esta terça-feira, à manutenção da disciplina individual para a contenção da covid-19.
“Apelo ao sentido cívico de todos para que mantenhamos com enorme rigor este confinamento. Sei que o cansaço se vai acumulando, sei que as necessidades vão aumentando com o risco de destruição de emprego e de empresas. Tudo isso pressiona", afirmou António Costa, que visitou, juntamente com a ministra da Saúde, Marta Temido, o Hospital Curry Cabral, em Lisboa, que há um ano recebeu os primeiros doentes da covid-19.
Portugal "não pode repetir o que aconteceu na primeira vaga da pandemia e não pode repetir o que aconteceu na segunda vaga", insistiu o chefe do Governo.
"E muito menos podemos repetir o que aconteceu neste trágico mês de janeiro. É fundamental mantermos na memória o que aconteceu. A ideia de que as tragédias não se repetem é uma ideia falsa", declarou.
Numa visita para “homenagear os profissionais de saúde”, Marta Temido revela que, passado um ano desde os primeiros casos, quase que se “sorri” com “algumas das inocências”.
"Hoje quando olhamos para trás quase que sorrimos com algumas as nossas primeiras inocências perante uma doença nova que veio alterar tão radicalmente a nossa vida (…) Várias vezes tropeçámos uns nos outros com os olhos um pouco marejados de lágrimas, porque houve gente que morreu, gente que adoeceu e ficou com sequelas e há marcas que não vão sair na forma como nos relacionamos com os outros", recordou.
A ministra destacou que “há mais vacinados do que infetados” e que isso nos “deve fazer olhar para o futuro com esperança renovada”. Contudo, é necessário “manter todas as cautelas”.