Depois de a imprensa espanhola noticiar que Elena e Cristina, irmãs do rei Felipe VI, foram vacinadas contra a covid-19 em Abu Dhabi no mês passado, quando foram visitar o pai, que vive autoexilado nos Emirados Árabes Unidos, instalou-se a polémica em Espanha, com muitas críticas às filhas do rei emérito, que se anteciparam ao plano de vacinação do país.
Agora, as infantas já reagiram e dizem que a vacina lhes foi oferecida para poderem ter um “passaporte de saúde”, que lhes permitisse visitar Juan Carlos com maior regularidade.
“Viemos visitar o nosso pai e, para termos um passaporte de saúde que nos permitisse fazer isso regularmente, foi-nos oferecida a possibilidade de sermos vacinadas, o que concordámos", refere um comunicado, citado pela imprensa espanhola. "Não fosse por essa circunstância, teríamos esperado pelo plano de vacinação em Espanha", acrescenta.
Também o Palácio da Zarzuela já se demarcou do caso, declarando apenas que “o rei não é responsável pelas ações das suas irmãs”.
De realçar que as irmãs do rei Felipe VI, de 55 e 57 anos, teriam que esperar meses para ser vacinadas, uma vez que não fazem parte de nenhum grupo prioritário e Espanha tem dado prioridade às pessoas mais velhas e vulneráveis.
Após ser conhecido que a infantas receberam a vacina Sinopharm nos Emirados Árabes Unidos, a ministra do Trabalho espanhola, Yolanda Diaz, criticou as duas princesas. “É muito desagradável, muito feio”, disse à RTVE. “Nós, as pessoas que exercemos algum tipo de representação, devemos dar o exemplo”, acrescentou.