Em 2019 a Argélia protestava contra a eleição de Abdelmadjid Tebboune, o sucessor de Abdelaziz Bouteflika e ex-primeiro ministro do governo anterior. Os manifestantes rejeitavam os cinco candidatos à presidência e denunciavam o complô do sistema controlado por militares.
Dois anos depois milhares de argelinos voltaram às ruas para apelar ao fim do velho establishment político e o abandono da política por parte do exército.
A polícia não impediu os protestos, mas mantém uma forte presença nas ruas. Segundo o Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, centenas de pessoas já foram presas em várias cidades. O porta voz da ONU alerta ainda para os “numerosos casos em todo o país onde as forças de segurança têm usado força desnecessária ou excessiva e detenções arbitrárias para reprimir manifestações pacíficas”.
As manifestações das duas últimas semanas marcam o reaparecimento dos protestos de 2019 contra as eleições, que muitos consideram ser uma farsa.