Os britânicos estão de respiração suspensa, à espera da entrevista de Meghan Markle e do príncipe Harry, os duques de Sussex, com a aclamada Oprah Winfrey, que fez uma pausa da reforma de propósito para entrevistar o casal. A monarquia britânica enfrenta um intempérie apenas comparável aos anos de revolta da princesa Diana – que também virá à baila na entrevista de duas horas, divulgada pela CBS à 1h da madrugada de segunda-feira, em Portugal continental.
“O meu maior receio era a história repetir-se”, contou Harry, num dos excertos já divulgados da entrevista, referindo-se à sua mãe, Diana, morta num acidente de viação em Paris, enquanto fugia a toda a velocidade dos paparazzi. A infância do príncipe, que tinha apenas 12 anos quando perdeu a mãe, foi marcada pelo tumulto mediático em redor do afastamento desta da família real. “Estou muito aliviado e feliz por estar aqui sentado a falar consigo com a minha mulher ao meu lado”, disse Harry a Oprah, agarrando a mão da mulher. “Não consigo imaginar como terá sido para ele passar por este processo, há tantos anos atrás. Tem sido inacreditavelmente duro para nós os dois, mas ao menos temo-nos um ao outro”.
Já o Palácio de Buckingham parece ter apostado na ofensiva. Mal se soube que o casal ia “abrir-se” perante a imprensa norte-americana, o palácio deixou vazar para o Times que Meghan fora alvo de uma queixa por maltratar vários funcionários, em 2018, tendo entretanto Buckingham anunciado uma investigação por bullying contra a duquesa.
O certo, é que todos os olhos estarão virados para o casal, à espera de ver lavar a roupa suja da realeza, numa altura em que o avô de Harry, o príncipe Filipe, de 99 anos, está hospitalizado. “Não sei como podem pretender, depois deste tempo todo, que continuemos calados, enquanto a firma continua a perpetuar falsidades sobre nós”, defendeu-se Meghan, num dos excertos divulgados da entrevista.