Pelo menos 30 pessoas morreram e 600 ficaram feridas depois de sucessivas explosões num quartel militar na Guiné Equatorial este domingo. Teme-se, no entanto, que o número de vítimas seja provisório e possa aumentar.
O acidente terá ocorrido na sequência de um incêndio que deflagrou na Unidade de Intervenção Rápida de Nkuantoma, tendo atingido o paiol onde as munições estavam armazenadas. Com a explosão foram projetados enormes blocos de betão pelas ruas, a centenas de metros do quartel. As casas e edifícios ao redor das instalações militares ficaram completamente destruídos e, segundo o Ministério da Saúde, ainda podem estar soterrados muitos residentes dos bairros próximos do quartel.
Perante o incidente, o Ministério da Defesa já abriu uma investigação para apurar as causas da explosão. O Chefe de Estado, Teodoro Obiang, já solicitou ajuda à comunidade Internacional, numa altura que a Guiné Equatorial enfrenta uma grave crise económica devido à queda dos preços do petróleo e à pandemia da covid-19.
Francisco Ribeiro Telles, secretário-executivo da CPLP, já manifestou a solidariedade desta organização. “Neste momento difícil para o povo equato-guineense quero também expressar todo o nosso apoio e solidariedade às autoridades da Guiné Equatorial, perante esta catástrofe que atinge um dos nossos Estados-membros”, disse numa carta dirigida ao ministro das Relações Exteriores e Cooperação da Guiné Equatorial, a que a agência Lusa teve acesso.