O lucro da NOS caiu 35,9% no ano passado, face a igual período de 2019, para 92 milhões de euros, divulgou hoje a operadora de telecomunicações. No ano anterior, o resultado tinha sido de 143,5 milhões.
As receitas atingiram os 1.367,9 milhões de euros, o que representa uma quebra de 6,2% face ao ano anterior.
O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) recuou 5,7% para 603,2 milhões de euros.
No ano passado, as receitas de telecomunicações recuaram 2,6% para 1.346 milhões de euros e as receitas de cinema e audiovisuais diminuíram 54,7% para 53,8 milhões de euros. O EBITDA de telecomunicações recuou 1,8% para 573,6 milhões de euros.
O EBITDA de audiovisuais e exibição cinematográfica recuou 47,1% para 29,6 milhões de euros.
"A atividade de exibição de cinema registou uma profunda quebra, com uma diminuição na venda de bilhetes face ao ano anterior, ainda que ligeiramente inferior à queda do mercado nacional. Além do período de encerramento durante três meses, as restrições provocadas pela pandemia e o adiamento de lançamento de novos blockbusters por parte dos principais estúdios de produção, explicam este comportamento", adianta a NOS.
"Em 2020, a receita média por bilhete situou-se nos 5,3 euros, com o número de bilhetes vendidos a atingir 2,3 milhões, valor que compara com 9,3 milhões vendidos um ano antes", acrescenta.
Como resultado "do forte investimento que a NOS continua a realizar nas suas infraestruturas de rede, os serviços de última geração chegam a cada vez mais portugueses", salienta, apontando que a cobertura de rede fixa atingiu no final do ano passado 4,807 milhões de casas, mais 194 mil face a 2019 (+4,2%).
No ano passado, a operadora "aumentou a sua capacidade móvel em 25% para fazer face ao aumento da procura, ao mesmo tempo que investiu na expansão e modernização da rede 4G, e a preparou para o 5G".
Didivendo
O Conselho de Administração aprovou uma proposta de pagamento de um dividendo de 0,278 euros por ação, sujeito a aprovação em assembleia-geral de acionistas.
A operadora explica que "a manutenção do dividendo face ao ano anterior deve-se à geração de 'free cash flow' adicional em 2020 com a venda da NOS Towering, permitindo, assim, complementar os resultados com cerca de 10% do proveito desta operação".