“O desempenho do mercado de escritórios em fevereiro foi mais favorável do que em janeiro, quer em Lisboa quer no Porto, mas a situação de confinamento geral continua a exercer uma pressão assinalável sobre este setor”, conclui o mais recente estudo divulgado pela JLL.
Os resultados do Office Flashpoint da entidade que atua no setor do imobiliário conclui que, no acumulado do ano, a ocupação em Lisboa atinge os 9700 metros quadrados (m2), o que representa uma queda de 72% face ao mesmo período de 2020. Já no Porto a atividade soma 1100 m2, recuando 86%.
Para Mariana Rosa, Head of Leasing Markets Advisory da JLL,“a atividade nestes dois primeiros meses do ano acontece num quadro de um novo confinamento”. “Numa situação destas, naturalmente, as empresas optam por adiar as suas decisões de ocupação de escritórios. De qualquer forma, é assinalável que, mesmo neste contexto, fevereiro tenha trazido melhoria face a janeiro. É sinal de que a procura existe efetivamente”, refere a responsável.
Mariana Rosa prevê que “março seja ainda um mês de menor atividade face ao ano anterior, mas em melhoria face a fevereiro, refletindo já o impacto do início do desconfinamento”. “Se é verdade que esse mês ainda não terá novidades a nível da obrigatoriedade do teletrabalho, também é verdade que o levantamento parcial do confinamento geral deverá melhorar a confiança das empresas, refletindo-se na ocupação”, diz.
Em fevereiro, a ocupação em Lisboa ascendeu a 7700 m2, três vezes mais do que a atividade registada em janeiro, mas ainda assim registando um decréscimo de 62% face ao mesmo mês do ano passado. No Porto, o take-up em fevereiro atingiu os 650 m2, mantendo a atividade em níveis baixos, mas, ainda assim, superando quer o mês anterior (+35%) quer o mês homólogo (+40%).