A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) defende que todas as empresas do setor da restauração, similares e alojamento turístico sejam incluídas no novo reforço do programa Apoiar, “sem critérios de acesso discriminatórios, uma vez que estão a sofrer um impacto muito superior ao dos restantes setores de atividade”.
No seu boletim diário, a associação lembra que, conforme anunciado na passada sexta-feira pelo Ministro da Economia, “este novo reforço não contempla quaisquer alterações ao método de cálculo da quebra de faturação de 2020, de forma a incluir as empresas mais recentes”.
Ora, isso significa que as empresas criadas no ano passado, “embora tenham sido seriamente afetadas pela obrigação de encerramento”, voltam a não estar abrangidas por este mecanismo de apoio.
“Da mesma forma, o método de cálculo utilizado para determinar quebra de faturação das empresas criadas em 2019 é altamente penalizador, uma vez que considera para a faturação de 2019 os meses com faturação zero que medeiam entre a data de início da atividade e a data de início de faturação”, diz ainda a AHRESP.
Take away nos centros comerciais Mas este não é o único tema que preocupa a associação. No final do dia de terça-feira a AHRESP tinha ainda classificado como “injustificada” a proibição de take away nos centros comerciais.
“O take away em centros comerciais continua a ser proibido apesar das insistências da AHRESP, as novas regras, que estarão em vigor até ao próximo dia 31 de março, vêm manter a proibição de venda, na modalidade take away, nos estabelecimentos integrados em espaços comerciais”, lê-se na nota da AHRESP.
Esta regra não agrada a associação. “Esta é uma discriminação que consideramos injustificada e que está a contribuir para o agravar da situação destes estabelecimentos”, diz.