O coordenador da task-force do plano de vacinação contra a covid-19 em Portugal, o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, revelou, esta quinta-feira, algumas das medidas que irão ser implementadas da segunda fase do plano, que deverá começar já em abril.
Em entrevista à agência Lusa, Gouveia e Melo afirmou que irão ser criados postos de vacinação rápida ou massiva e irá também ser lançado um website para autoagendamento. As farmácias ficam reservadas para "entrar em ação se for necessário".
"No mês de abril, vai haver uma necessidade de começar a meter esses postos de vacinação rápida em execução. É um desafio, mas é um desafio que julgo que vamos superar todos. As autarquias, o Ministério da Saúde… está a ser tudo organizado para que nesse momento as coisas aconteçam da melhor forma e o mais célere possível", disse.
Segundo o militar, já existe o processo de diálogo entre autarquias, Administrações Regionais de Saúde (ARS) e Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES). Diálogo esse que esteve "em pausa" para evitar "falsas expectativas" face à escassez de vacinas disponíveis na primeira fase.
"O processo de organização está bastante trabalhado e evoluído. Estou convencido de que nós, rapidamente, conseguimos pôr esses postos de vacinação rápida a trabalhar. Tem é de haver vacinas para os colocar a trabalhar. Não faz sentido abrir um posto que pode administrar 500 ou 600 vacinas num dia e depois ter 50 vacinas para administrar", sublinhou.
Até agora a maioria das marcações para a vacinação era feita através de SMS ou através de marcações diretas pelos centros de saúde. No entanto, Gouveia e Melo anunciou o lançamento de um website para autoagendamento. "Está em curso e vai entrar em produção já em abril um meio alternativo através de um website, em que as pessoas poderão ter a capacidade de se autoagendarem no processo de vacinação em determinados locais pré-definidos", contou àquela agência de notícias.