O grupo Cofina viu os lucros tombar 77,8% para cerca de 1,6 milhões, resultado afetado pela pandemia. No entanto, excluindo custos não recorrentes, o resultado líquido seria de 5,5 milhões de euros, uma quebra de 23%.
Segundo a empresa, as receitas totais do grupo caíram 18,8% para os 71,4 milhões de euros. 20,7% desta quebra foi nas receitas de circulação, 19,4% nos proveitos com publicidade e 13,7% nas receitas associadas a marketing alternativo.
Em comunicado enviado à CMVM, a dona do Correio da Manhã explica que a implementação de medidas de contenção de custos levou a um decréscimo de cerca de 19% nos custos operacionais recorrentes, para os 57,5 milhões de euros. Já o EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) caiu 17% para os 13,9 milhões de euros.
Na nota a Cofina informa que “em resultado das diversas medidas implementadas, durante o ano de 2020, verificou-se um impacto negativo na demonstração dos resultados no montante de, aproximadamente, 130 mil euros (incluindo os gastos com equipamentos de proteção individual, entre outros)”.
A Cofina diz ainda que “os resultados do segundo semestre de 2020 ficaram marcados por uma diminuição da intensidade do impacto negativo da pandemia, a qual, no entanto, continuou a ter um impacto relevante nas receitas dos grupos de media, tendo-se assistido a quedas significativas em todas as rubricas que constituem as receitas”.
No final do ano passado, a dívida nominal da dona do Correio da Manhã era de 40,1 milhões de euros, “o que corresponde a uma redução de aproximadamente 4,8 milhões de euros relativamente à dívida líquida nominal registada a 31 de dezembro de 2019, a qual era de 44,9 milhões de euros”.