Os italianos que forem chamados para ser vacinados contra a covid-19 com o fármaco da AstraZeneca podem recusar e esperar para receber outra vacina. O anúncio foi feita esta sexta-feira, dia em que foi retomada a vacinação com o imunizante da farmacêutica anglo-sueca no país, pelo presidente do Conselho Superior de Saúde de Itália, Franco Locatelli.
"Se alguém for chamado para a vacina da AstraZeneca e a recusar, será reconsiderado mais tarde para outro tipo de vacina", explicou Locatelli, reiterando, contudo, que não há uma relação causal entre a administração da vacina e os casos de tromboembolismo.
O responsável recordou que a informação analisada pela Agência Europeia do medicamento (EMA) "refere-se a vinte milhões de pessoas que foram vacinadas na União Europeia e no Reino Unido", em que foram detetados vinte e cinco casos de trombose.
"Vinte e cinco casos em vinte milhões, sete de coagulação intravascular disseminada e dezoito de trombose venosa cerebral. Infelizmente, só em Itália, uma dúzia de menores perderam a vida devido ao novo coronavírus", comparou. "A infeção covid-19 é também muito mais perigosa para o desenvolvimento deste tipo de complicações", sublinhou.
De realçar que esta sexta-feira o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, disse que será vacinado com o fármaco da AstraZeneca.
No total, Itália, que está a utilizar vacinas da Pfizer/BioNTech, da Moderna e daAstraZeneca, já vacinou 7.428.407 de pessoas com a primeira dose e 2.336.928 cidadãos no país já têm a vacinação completa.