O julgamento das duas jovens acusadas de matar e desmembrar Diogo Gonçalves, no Algarve, foi adiado, depois de ter sido descoberto ADN de um homem não identificado na faca que terá sido usada para esquartejar o corpo da vítima.
A informação, que consta de um relatório da Polícia Científica da Polícia Judiciária (PJ), foi conhecida esta quarta-feira no início de mais uma sessão do julgamento de Maria Malveiro, 20 anos, e de Mariana Fonseca, 24 anos.
Sublinhe-se que nenhuma das arguidas referiu o envolvimento de uma terceira pessoa no crime.
À saída do tribunal de Portimão, Tânia Reis, advogada de Maria Malveiro, mostrou a sua indignação pelo aparecimento de um relatório da PJ no dia das alegações finais.
O julgamento foi remarcado para 13 de abril.
Recorde-se que as duas jovens estão acusadas pelo Ministério Público dos crimes de homicídio qualificado, profanação de cadáver, dois crimes de acessos ilegítimo, um de burla informática, roubo simples e uso de veículo.
Segundo a acusação, as arguidas, na altura namoradas, mataram e desmembraram a vítima, para assim ficarem com os cerca de 70 mil euros que o jovem tinha recebido de indemnização pela morte da mãe.
Inicialmente, quer Maria Malveiro quer Mariana Fonseca confessaram o crime, mas desde que a relação amorosa terminou, quando já estavam ambas presas em Tires, passaram a apresentar versões contraditórias do crime, culpando-se mutuamente pelo homicídio.