O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) manifestou-se, esta quarta-feira, contra a possibilidade de a vacinação contra o novo coronavírus ser alargada às farmácias, defendendo que o plano de imunização deve ser executado pelos profissionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
"Não é opção o plano de vacinação ser alargado às farmácias", assinalou a estrutura sindical em comunicado, insistindo que a administração das vacinas contra o vírus SARS-CoV-2, "seja pela possibilidade de efeitos adversos, mas principalmente pelos registos obrigatórios, deve acontecer com as medidas de segurança impostas pela Direção-Geral de Saúde".
De acordo com o SEP, o plano de vacinação contra a covid-19 é para ser "concretizado dentro do SNS e com os seus profissionais".
O sindicato ainda indicou que, na sequência da vacinação em massa no país, prevista para se iniciar em abril, o plano deve antever o exato número de centros de vacinação e onde vão estar situados, tal como o definir o objetivo de vacinação diária de cada um destes espaços.
"O Ministério da Saúde deve, em articulação com as administrações regionais de saúde e agrupamentos de centros de saúde, fazer o levantamento de quantas equipas de enfermeiros são necessários para atingir o objetivo predefinido", salientou o SEP, ao defender que o Governo deve "de imediato efetivar todos os enfermeiros" em situação laboral precária.
O SEP também considerou um "desperdício" a possível oportunidade de autarquias contratarem enfermeiros para os centros de vacinação, visto que, não havendo profissionais disponíveis no mercado, a "opção seria contratar horas de trabalho de enfermeiros que já exercem noutras instituições".
Segundo o coordenador da task force, a segunda fase do plano de vacinação ficará marcada pela ativação de centros de vacinação rápida, farmácias e um novo site para autoagendamento, disse à agência Lusa.