O governo de São Paulo, no Brasil, anunciou, esta sexta-feira, que o Instituto Butantan desenvolveu a primeira vacina brasileira contra a covid-19 – a Butanvac – e que irá pedir autorização à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para dar início aos testes clínicos em voluntários.
"Protocolaremos esse material ainda hoje [sexta-feira] e vamos dialogar intensamente com a Anvisa para que ela perceba a importância da autorização do início desses estudos clínicos o mais rapidamente possível, para que possamos em um mês e meio, dois meses e meio, terminar essa fase de avaliação clinica e iniciar a produção", afirmou o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, citado pelo G1.
Se a Anvisa der parecer positivo ao pedido do Instituto, os testes podem começar já em abril e a fabricação em maio. O objetivo é que, a partir de julho, cerca de 40 milhões de doses estejam disponíveis.
Segundo Covas, a vacina começou a ser desenvolvida em março de 2020 e já terá "em conta" a variante do SARS-CoV-2 brasileira.
"Essa vacina será integralmente produzida aqui, nós não dependeremos de nenhum insumo, da importação de nenhum insumo, é uma tecnologia que já existe. Essa tecnologia é a mesma que é usada para a produção da vacina da gripe", disse.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) irá também receber esta sexta-feira todas as informações relacionadas com a vacina para poder acompanhar o seu desenvolvimento, assegurou o governador do Estado de São Paulo, João Doria.