Acabou-se a espera. A Fórmula 1 está de volta, e com ela toda uma temporada, a maior de sempre, por sinal, com poucas ou nenhuma mudanças técnicas. Ainda assim, um bizarro jogo de cadeiras pinta uma interessante e longa série de corridas, entre elas a repetição da experiência no Autódromo Internacional do Algarve, a 2 de maio, onde Lewis Hamilton conquistou a sua 92.ª vitória – recorde mundial – em outubro de 2020.
O Grande Prémio do Bahrain, que decorre no domingo, dia 28 de março, é o arranque desta nova temporada, e, sem surpresa, o W12 da Mercedes perfila-se como o mais provável vencedor da primeira prova. A equipa não fez alterações nos seus protagonistas, apesar da polémica que se fez sentir durante vários meses sobre a continuidade de Lewis Hamilton na equipa alemã, com uma tardia assinatura da renovação de contrato. Ainda assim, mantém-se a dupla Bottas-Hamilton ao volante das setas prateadas, que nesta temporada se pintaram de negro, como protesto global contra o racismo e a discriminação, dois temas marcantes da temporada anterior, e do forte ativismo do piloto britânico da Mercedes.
É importante também salientar que este campeonato mundial da F1 traz consigo o regresso de uma lenda: Fernando Alonso, bicampeão mundial da competição, vai correr com as cores da Alpine, antiga Renault. Aos 39 anos, o espanhol regressa ao monolugar, e promete dar luta pelos primeiros lugares. Aliás, é a primeira vez que, na grelha de partida, se encontram dois espanhóis favoritos a chegar aos pódios.
Na Ferrari, que nos últimos anos não tem conseguido atingir a glória de épocas anteriores, fizeram-se sentir algumas mudanças. Charles Leclerc assegurou o lugar que mantém desde 2019… já Sebastian Vettel, tetracampeão mundial, acabou substituído por Carlos Sainz, piloto espanhol e filho do mítico piloto de Rally homónimo. Vettel, por sua vez, foi também alvo de várias manchetes de jornais desportivos na antevisão desta temporada, tendo o seu futuro incerto. A Aston Martin F1, no entanto, adotou o alemão, naquele que poderá ser um novo caminho para regressar aos pódios. Recorde-se que a equipa batizada com o nome da fabricante britânica é o resultado de um rebranding da Racing Point, que era já o nome dado à original Force India.
Vão ser 23 corridas, um pouco por todo o mundo, que vão desafiar as limitações impostas pela pandemia da covid-19, num dos eventos que mais operações de mobilidade e logística gera no mundo.