Os amantes do MotoGP podem ir preparando a tarde de domingo para dar início à próxima temporada do Campeonato Mundial da modalidade. O Grande Prémio do Catar, com hora de início marcada para as 16h00, é a primeira de um total de 21 etapas, entre as quais Portimão voltará a ser um dos palcos, após o êxito da edição de 2020. O Autódromo Internacional do Algarve volta a receber a principal modalidade do desporto motorizado sobre duas rodas, a 18 de abril. O Grande Prémio de Portugal, que voltou ao país no ano passado, viu Miguel Oliveira vencer o segundo Grande Prémio da sua história, numa temporada épica para o piloto de Almada. Oliveira, que foi galardoado como Atleta do Ano, pela quinta vez, findou a temporada anterior do Mundial de MotoGP em nono lugar, contando com as vitórias nos Grandes Prémios de Estíria (Áustria) e Portugal.
Em terras austríacas, Oliveira conquistou as manchetes de todos os jornais desportivos, após uma incrível ultrapassagem a poucos metros da reta final ,valendo-lhe a sua primeira vitória de sempre. Em Portimão, com o fator casa a favorecer o piloto, Oliveira conquistou o segundo título, e aponta agora às estrelas nesta nova temporada, em que subiu da Tech3, equipa satélite da KTM, à formação principal, onde vai correr junto do colega sul-africano Brad Binder, 11.º colocado na temporada anterior.
Oliveira não vai ter a vida fácil, no entanto, tendo de enfrentar nomes míticos da modalidade como o hexacampeão Valentino Rossi e o também hexacampeão Marc Márquez, que regressa à modalidade após uma ausência em 2020, apesar de se manter ainda fora das primeiras duas corridas da temporada – e já há quem diga que terá de faltar também ao Grande Prémio de Portugal – devido a três intervenções cirúrgicas para debelar uma fratura do úmero do braço direito, que põe em questão a participação do espanhol nesta temporada. O regresso de Márquez ao Mundial de MotoGP obrigou ainda a Honda a colocar Alex Márquez, irmão do hexacampeão, na equipa satélite, a LCR Honda. Na formação principal, Marc Márquez junta-se ao recém-contratado compatriota Pol Espargaró, que fechou a temporada anterior em 5.º lugar, ao volante de uma mota da KTM.
Valentino Rossi, por outro lado, acabou despromovido à Petronas, equipa satélite da Yamaha, de forma a dar espaço ao francês Fabio Quartararo, que venceu três corridas na temporada anterior. Se a rivalidade entre o espanhol e o italiano é patente desde o mítico desencontro em 2015, que acabou num desastroso acidente para Márquez, a temperatura não amenizou entretanto. Reagindo ao regresso do espanhol, Rossi limitou-se a afirmar que durante a sua ausência, «os miúdos, tal como os outros pilotos, cresceram muito e já não lhe têm medo». Estão lançadas as apostas e os desafios para a próxima temporada de MotoGP, que arranca neste domingo.