O primeiro-ministro, António Costa, admitiu, este sábado, que o país vai ter de “triplicar o esforço de administração de vacinas” contra a covid-19 e que o objetivo é vacinar, pelo menos, 100 mil pessoas por dia.
O chefe do Governo, que se deslocou a Odivelas para acompanhar a vacinação do pessoal docente e não docente, adiantou que em abril prevê-se que Portugal receba 1,8 milhões de vacinas — “tantas quantas recebemos em janeiro, fevereiro e março”.
“Vamos ter de triplicar o esforço de administração de vacinas e, por isso todo o processo que tem decorrido agora nos centros de saúde vai ter de ser complementado com cerca de 150 postos desta natureza de vacinação rápida para assegurar que vamos cumprir metas”, disse Costa, acrescentando ainda que está a ser feita a “testagem deste sistema de vacinação”, para que o país chegue a uma fase em que sejam dadas “pelo menos 100 mil vacinas por dia”.
Já sobre a vacina da AstraZeneca, o primeiro-ministro voltou a assegurar a assegurar a segurança do fármaco para todas as idades.
“O problema pior que subsiste está a montante — a quantidade de vacinas produzidas. Estamos todos a fazer um esforço à escala europeia para aumentar essa capacidade de produção. Mantemos as metas”, sublinhou, destacando que a meta de vacinar até ao final de março mais de 80% das pessoas “com mais de 80 anos” vai ser cumprida.
O país prepara-se agora para outra fase “em que temos de aumentar a administração das vacinas”, reiterou. “Em abril vamos ter de vacinar tantas pessoas como nestes três meses”, disse.
Questionado sobre o regresso do segundo e terceiro ciclo às aulas presenciais a 5 de abril, Costa lembrou que na próxima semana será feita uma reavaliação pelo Governo em função da evolução da pandemia, embora esteja previsto o regresso nesse dia.
“Mas como temos tido todos esses avanços são avaliados permanentemente em função do avanço da pandemia”, disse, alertando depois para a matriz de risco, que se aproxima do amarelo.
“A incidência, o número de novos casos tem continuado a diminuir, e isso é um bom sinal, mas sabemos também que a velocidade de transmissão tem vindo a aumentar, o que é mau sinal”, avisou.
Na matriz de risco vamos “descendo, mas aproximando do amarelo”. É preciso “travar o avanço para o amarelo”, apelou.
Sobre a vacinação do pessoal docente e não docente, que hoje arrancou, Costa disse que a vacinação com a primeira dose “de grande parte dos educadores de infância, professores do primeiro ciclo e dos assistentes operacionais de jardins de infância e das escolas de primeiro ciclo” será concluída no dia 10 e 11 de abril “juntando também todos os que trabalham nas creches”. Um passo importante para “dar segurança a todos os que trabalham nas escolas”, mas também para “testar os postos de vacinação rápida”.