A presidência portuguesa da União Europeia alertou, esta quarta-feira, os 27 Estados-membros para a necessidade de uma "posição o mais coordenada possível" entre os país relativamente ao uso da vacina contra a covid-19 da farmacêutica AstraZeneca.
"A Comissão Europeia e a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia apelaram a todos os Estados-membros para que procurem uma posição o mais coordenada possível na UE", lê-se num comunicado divulgado após a reunião dos ministros europeus da Saúde, presidida pela ministra portuguesa, Marta Temido. "Não devemos esquecer que as decisões individuais afetam todos", sublinha.
Os ministros da saúde europeus reuniram-se, esta quarta-feira, de urgência, para discutir a administração da vacina da AstraZeneca e os problemas de coágulos sanguíneros registados em pessoas vacinadas. A Agência Europeia do Medicamento (EMA) admite que há uma "possível relação" entre a vacina e a formação de "casos muito raros" de coágulos sanguíneos, mas insistiu nos benefícios do fármaco face aos riscos de efeitos secundários, dada a gravidade da pandemia.
"Esta é uma decisão técnica, não uma decisão política. Devemos continuar a seguir a melhor informação científica disponibilizada pela EMA nos seus pareceres", afirma Marta Temido.