Mais de 72 mil testes à covid-19 realizados só esta quinta-feira, aponta Marta Temido

“Desde o início desta semana que esses números vêm subindo, conseguindo de facto seguir a outra medida que é essencial [para controlar a disseminação do novo coronavírus] que é rastrear e isolar precocemente”, destacou a ministra da Saúde. 

A testagem à covid-19 está a atingir “valores semelhantes” aos de janeiro, momento da terceira vaga da pandemia em Portugal, afirmou a ministra da Saúde, Marta Temido, esta sexta-feira. Só ontem foram realizados mais de 72 mil testes.

"Nós conseguimos ter ontem [quinta-feira] o 11.º dia com mais testes desde o início da pandemia [em março de 2020]", apontou Marta Temido aos jornalistas, na visita ao processo de testagemde trabalhadores agrícolas, na Quinta do Carvalhal, em Odemira.

A ministra da Saúde sublinhou que “num só dia” foi ultrapassada a marca dos 77 mil testes diários, lembrando que o recorde do maior número de testes foi registado no dia 22 de janeiro, quando Portugal estava “no pico da terceira vaga”.

"Realizámos 77 mil testes e agora estamos a conseguir fazer números muito semelhantes", frisou Temido.

"Desde o início desta semana que esses números vêm subindo, conseguindo de facto seguir a outra medida que é essencial [para controlar a disseminação do novo coronavírus] que é rastrear e isolar precocemente", destacou Marta Temido.

O aumento da testagem é um sinal do esforço que o país está a fazer para controlar a pandemia, além da vacinação, assinalou a ministra da Saúde.

"A saúde hoje em dia não é feita só pelo setor da saúde, é feita pela agricultura, pela habitação, pela educação e este exemplo, aqui em Odemira, mostra isso", afirmou, ao frisar a capacidade das câmaras, da Cruz Vermelha Portuguesa e do Alto Comissariado para as Migrações de se unirem e organizarem um projeto para responder às necessidades sanitárias da população.

Sobre as escolas e a variante britânica, Marta Temido disse que existe um predomínio de 70% da variante britânica no total dos casos detetados no país na última semana.

Porém, "há uma grande assimetria entre regiões", indicou Temido, ao apontar Lisboa e Vale do Tejo, litoral da Região Norte, Odemira e algumas regiões do Algarve como os locais com prevalências "mais elevadas", às quais devem alocar alguma atenção.