A Associação Portuguesa de Doentes de Parkinson (APDPk) alerta para as consequências do aumento de quedas durante o confinamento, uma das principais razões pelas quais os doentes de Parkinson são hospitalizados.
“Com a pandemia e a maior dificuldade no acesso aos médicos, têm vindo a surgir muitas questões relacionadas com esta doença. Como tal, e como neste momento não é possível realizar sessões presenciais, optámos por nos afastar do modelo habitual e decidimos ir ao encontro dos nossos associados por via digital”, explica Ana Botas, presidente da APDPk, adiantando que "neste tempo, durante o qual o acesso à rua está mais limitado, há um agravamento de quedas, sendo que o confinamento, o aumento da ansiedade, a falta de exercício físico e acesso à rua agravam a qualidade de vida destes doentes”.
Assim, salientou igualmente que tal acontece porque “a falta de atividade física acaba por provocar uma maior atrofia muscular. Consequentemente, haverá uma maior probabilidade de queda, sendo esta a principal razão pela qual as pessoas dão entrada no hospital e uma das principais causas de morte”.
Para contrariar esta tendência, a associação está a elaborar vários projetos de apoio psicológico e fisioterapia destinados a doentes e cuidadores, na medida em que o objetivo dos mesmos "passa por colmatar a falta de sessões de fisioterapia e apresentar estratégias para lidar com a depressão e ansiedade", lê-se em comunicado.
Importa também referir que a APDPk vai assinalar o Dia Mundial da Doença de Parkinson, a 11 de abril, com uma conferência online que tem como objetivo responder às principais dúvidas de quem lida com esta doença.