O Goldman Sachs anunciou esta quarta-feira um lucro líquido de 6 836 milhões de dólares (equivalente a 5 714 milhões de euros) no primeiro trimestre de 2021, um aumento de 464% face ao mesmo período do ano passado. O resultado recorde do grupo financeiro norte-americano foi impulsionado por operações de corretagem e banca de investimento.
Segundo o relatório, a faturação da entidade financeira entre janeiro e março ascendeu a 17 704 milhões de dólares, mais 102% em comparação com 2020. Neste particular, a divisão de mercados globais deu um importante contributo com 7 580 milhões (+46%), graças ao bom desempenho dos mercados de ações e renda fixa.
A Goldman Sachs é a empresa mais exposta a atividades bolsistas em Wall Street entre os grandes bancos norte-americanos, o que lhe permitiu beneficiar nos últimos meses com a forte subida dos mercados. "Temos estado a trabalhar bastante com os nossos clientes na preparação do pós-pandemia e num clima económico mais estável. Os nossos negócios continuam muito bem posicionados (…) para a recuperação e essa força reflete-se nas receitas e lucros recorde deste trimestre", afirmou o presidente executivo, David Solomon.
A entidade reduziu as suas reservas para crédito malparado em 70 milhões de dólares, o que reflete "a melhoria contínua do clima económico após as difíceis condições que começaram no primeiro trimestre de 2020 como resultado da pandemia de covid-19". O valor para essas perdas é agora de 4 240 milhões de dólares.
Os resultados do Goldman Sachs superaram as expectativas dos analistas e as suas ações subiam 1% nas operações eletrónicas antes da abertura de Wall Street. Desde o início do ano, foi registada uma valorização de 24% em bolsa.