“Unificado, aberto, solidário e baseado nos valores desportivos”. Estes são os valores que as 55 federações-membro e participantes na UEFA entendem, numa declaração, que o futebol na Europa deve ter e que estão a ser violados pela criação da Superliga europeia.
Em resposta ao anúncio, feito este domingo, da competição de elite fundada por 12 clubes das ligas espanhola, inglesa e italiana, a UEFA condenou, esta terça-feira, a criação da Superliga, ao considerá-la contrária ao “conceito do que é ser europeu”, reiterando-se defensores do futebol europeu, invés do “grupo de egoístas que não se importa com o jogo”.
"A UEFA, as suas federações-membro e todos aqueles que amam o futebol estão firmes e irão resistir fortemente e lutar contra esta medida dos proprietários destes clubes e dos seus apoiantes, tanto quanto possível. Sabemos, moralmente, o que está em jogo e protegeremos o futebol de um grupo de egoístas que não se importa com o jogo. Somos o futebol europeu. Eles não são", pode ler-se na declaração do congresso da UEFA.
Após a reunião realizada na sede do organismo que regula o futebol europeu, na Suíça, "o Congresso da UEFA está fortemente convicto de que esta Superliga fechada vai contra o próprio conceito do que é ser europeu: unificado, aberto, solidário e baseado nos valores desportivos”.
Nesta declaração, o Congresso defendeu a prática de um modelo “verdadeiramente europeu” que consiste em “competições abertas, na solidariedade e na redistribuição”, de modo a assegurar “a sustentabilidade e o desenvolvimento do jogo para o benefício de todos e para a promoção dos valores europeus e mais-valias sociais".
As federações-membro também denunciaram o aproveitamento dos principais clubes de Inglaterra, Itália e Espanha, ao apagarem das suas memórias o legado conquistado nestas provas europeias realizadas pela UEFA.
"Os clubes conspiradores obviamente falharam ao verem que o seu status atual não foi alcançado isoladamente, mas sim como parte de um sistema europeu dinâmico onde clubes grandes, médios e pequenos contribuíram para o sucesso e perdas de todos. É uma afronta aos valores europeus e ao mérito desportivo para estes clubes assumirem o direito de se separar e reivindicar o legado que todos construíram", rematou o Congresso da UEFA.
De realçar que este organismo anunciou que irá eliminar todos os clubes que irão integrar a Superliga das suas competições europeias, contando com o apoio das federações de Inglaterra, Espanha e Itália e ainda das ligas de futebol destes três países.
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