Os portugueses amantes de café sabem que a 'bica' ao balcão dificilmente tem substituto à altura, e aligeiradas as restrições, impostas no âmbito da covid-19, que impediam o culto da ‘italiana’, do ‘garoto’ ou do ‘pingado’, chegam mais boas notícias.
Dois estudos revelam que quem bebe pelo menos um café por dia vive mais, do que quem não o faz.
Ambos as pesquisas concluem que beber 350 ml de café por dia diminui, em 12%, as hipóteses de morte prematura durante 16 anos. Os estudos acrescentam ainda que, no mesmo período, esta probabilidade diminui em 18% se a pessoa ingerir três chávenas da bebida a cada 24 horas.
Segundo Marc Gunter, da Agência Internacional de Pesquisa sobre Cancro (Iarc) da Organização Mundial da Saúde (OMS), “beber até três chávenas de café por dia não é mau para a saúde”. Os dados apurados sugerem, segundo o investigador, que um consumo destes, considerado moderado, e a consequente incorporação deste alimento na dieta, pode trazer benefícios.
A primeira pesquisa envolveu uma amostra de 1,5 milhão de pessoas com mais de 35 anos e residentes em 10 países europeus. Segundo a pesquisa, publicada na revista Annals of internal Medicine, os voluntários foram seguidos durante 16 anos – período durante o qual morreram 42 mil pessoas.
Os investigadores concluíram que a quem bebia diariamente café está associado um menor risco de morte por qualquer causa, principalmente relacionada com o sistemas circulatório e digestivo.
Também a segunda pesquisa, que envolveu 215 mil pessoas, todas residentes nos Estados Unidos, mostrou que beber uma chávena de café por dia diminui o risco de morte prematura, até três cafés por dia.