Na passada terça-feira, a conselheira do Supremo Tribunal de Justiça, Clara Sottomayor ensinou aos restantes conselheiros do Conselho Superior da Magistratura, que nem todos os juízes, são iguais, nem devem sê-lo. Jamais devem sê-lo. Se assim o for, como podem julgar casos, com alguma pretensão de justiça? Um juiz, não deve ser uma máquina, mas sem dúvida que as temos. Um juiz deve ser humano, e o comentário que a conselheira Clara Sottomayor fez no Facebook de uma amiga, foi um comentário de um ser humano, um ser humano que se vir uma criança a ser espancada no meio da rua não só pode, como deve intervir, pelo bem da humanidade! Não só devemos ter intenção mas devemos poder cometer o ato de bondade, pois o contrário disso seria deixar uma criança, ser espancada até onde fossem os requintes de malvadez de quem comete o ato. E isso sim, parece-me criminoso! Mais triste é ver, como os seus colegas, lhe atentam contra uma vida de trabalho, por um comentário que pretende melhorar o panorama da justiça portuguesa, enquanto temos juízes que por aí se andam no panorama nacional a pavonear, estando agora como sabemos envolvidos em processos graves de suspeita de abusos a crianças entre outras coisas.
Que sociedade quer o Conselho Superior da Magistratura, demonstrar, que para uns é permitido tudo em nome do crime, mas para outros em nome da bondade, de melhorar o panorama trágico da justiça nacional, esses são os que devem estar amordaçados, calados? Será que pode a Sra. conselheira, falar ao telemóvel, exprimir os seus sentimentos perante uma situação muito ignóbil, não julgada, que fez tremer todo o país, que foi o caso da pequena Valentina, assassinada pelo ‘pai’, casa essa da qual já tinha fugido sem que a Comissão de Proteção de Menores, a protegesse? Ou é suposto sermos todos ‘imunes’ enquanto juízes? É suposto, mesmo fazendo o bem, sermos punidos? É suposto sermos mesmo sendo bons, sugados por uma maldade sem precedentes, que enaltece, a virtude dos desvirtuosos e mata a bondade dos que querem fazer bem, a nenhum custo?
Esta foi a lição que tirei, de uma ‘aula’ no Conselho Superior da Magistratura! Que mulheres que querem praticar o bem, que sempre o fizeram com idoneidade perante toda a sua carreira, não devem ser amordaçadas nem penalizadas por terem sentimentos! Muito menos por os expressarem!