Milhões de norte-americanos não estão a querer ser inoculados com as segundas doses das vacinas contra a covid-19 e este número cresce a olhos vistos.
De acordo com o New York Times, baseando-se em dados do Centers for Disease Control and Prevention, mais de cinco milhões de pessoas, ou quase 8 por cento daquelas que receberam a primeira das vacinas Pfizer ou Moderna, não compareceram à toma da segunda dose.
"Mesmo enquanto o país luta com o problema de milhões de pessoas que têm medo de serem vacinadas, as autoridades de saúde locais estão a enfrentar um desafio emergente de garantir que aqueles que são vacinados o façam plenamente", pode ler-se no órgão de informação anteriormente mencionado que adiciona que os motivos para a tomada desta decisão variam. "Quando inquiridos, alguns disseram temer os efeitos colaterais, que podem incluir sintomas semelhantes aos da gripe. Outros disseram que sentiram que estavam suficientemente protegidos com uma única dose", perceciona-se, sendo que "estas atitudes eram esperadas, mas outro obstáculo foi surpreendentemente prevalente", ou seja, "vários fornecedores de vacinas cancelaram as marcações para a toma da segunda dose porque ficaram sem stock ou não tinham a marca certa em stock".
No entanto, os especialistas em Saúde Pública não desistem da campanha de vacinação e, a título de exemplo no Arkansas e no Illinois, as autoridades de saúde mobilizaram equipas que telefonam e enviam mensagens ou cartas aos cidadãos alertando-os para a toma da segunda dose. Na Pennsylvania, tenta-se que os estudantes do Ensino Superior sejam inoculados com a segunda dose antes das férias de verão. Na Carolina do Sul, são guardadas vacinas para quem faltou à marcação da toma da segunda.
Os Estados Unidos contabilizam mais 71.095 novos casos de coronavírus, e mais 962 mortes, nas últimas 24 horas, segundo a contagem independente da Universidade Johns Hopkins. Desde o início da pandemia, o país acumulou 571.109 óbitos e 31.986.375 casos da doença.