O ritmo de vacinação vai acelerar em Portugal, assegurou o secretário de Estado da Saúde, Diogo Serra Lopes, esta quarta-feira, com o objetivo de se administrar 100 mil vacinas contra a covid-19 por dia.
"Ontem [terça-feira] foi inoculada a vacina três milhões com uma redução de prazos muito significativa. Foram dois meses para dar o primeiro milhão, depois foram 33 dias para dar o segundo milhão e 19 dias para dar dos dois milhões aos três milhões. O ritmo acelera à medida que chegam mais vacinas. Estou certo que o quatro milhão será [dado num período] menor do que os 19 dias entre o segundo e o terceiro milhão", observou Diogo Serra Lopes.
O secretário de Estado da Saúde também falou sobre o caráter fundamental do programa de auto-agendamento, que arrancou na passada sexta-feira, destinado por agora a pessoas com mais de 65 anos.
"O auto-agendamento é absolutamente essencial para o acelerar do ritmo", frisou o governante, ao apontar que nos primeiros meses foram administradas 20.000 vacinas diárias, número que, nas últimas semanas, passou a 60.000.
"E sabemos todos que temos de passar para as 100.000 vacinas diárias", indicou Diogo Serra Lopes, visto que esta é a meta a atingir pela task-force que dirige o plano de vacinação nacional.
O governante explicou que o auto-agendamento "retira ao pessoal da saúde o trabalho de agendar" vacinas, ao sublinhar que o objetivo "deve ser vacinar e não agendar pessoas".
Os Espaços Cidadão também vão poder receber a inscrição para as vacinas das pessoas com mais de 65 anos, recordou Diogo Serra Lopes.
"E estou certo que as Câmaras Municipais e as Juntas de Freguesia também colaboram e que também os netos e as pessoas com mais capacidades tecnológicas podem colaborar. Já temos dezenas de milhares de agendamentos. O limite foi colocado nos 65 anos e vai baixar conforme se atinja a totalidade dos 65 anos e assim sucessivamente", explicou o governante.
Questionado pelos jornalistas sobre a nova variante indiana, o secretário do Estado da Saúde frisou que "a vacina protege e as novas variantes estão a ser estudadas".
"As novas estirpes ainda têm uma circulação muito restrita em Portugal e como em tudo nesta pandemia o nível de informação que temos sobre o comportamento do vírus está longe de ser perfeito. Nem quem tem a nova variante mais disseminada reconhece as características dessa variante", assinalou.
O governante indicou que a ciência não se faz em direto" e mostrou-se confiante de que "toda a comunidade científica está a fazer o melhor trabalho para habilitar a parte política a tomar as melhores decisões".