A incidência mais alta de casos de covid-19 foi observada “no grupo etário dos 10 aos 20 anos”, segundo o “Relatório de monitorização das linhas vermelhas para a covid-19” da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), divulgado esta sexta-feira.
Na faixa etária dos 10 aos 20 anos há 105 casos de covid-19 por 100 mil habitantes. Já a incidência mais baixa do país regista-se no grupo etário com 80 ou mais anos: 31 casos por 100 mil habitantes, algo que “reflete um risco de infeção neste grupo muito inferior ao risco da população em geral”. A incidência a nível nacional situa-se nos 68 novos casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias.
O relatório aponta ainda que o Rt (rácio de transmissibilidade) “apresenta valores inferiores ou iguais a 1 a nível nacional (0,98) e nas várias regiões de saúde do Continente”. Tem-se assistido a “uma tendência decrescente” e “poderá atingir-se a incidência de 60 casos por 100 mil habitantes no prazo de 15 a 30 dias".
Quanto às novas variantes do SARS-CoV-2 em circulação no país, a DGS dá conta de que existem 85 casos da variante de Manaus [brasileira], 68 da África do Sul e seis da Índia. A variante britânica domina em todo o território com “prevalência de casos de 90%”.
"Foram identificados por confirmação laboratorial, até à presente data, 68 casos da variante B.1.351 (associada à África do Sul) e 85 casos da variante P.1 (associada a Manaus, Brasil), a maioria sem ligação epidemiológica estabelecida, o que suporta a existência de transmissão comunitária ativa desta variante", lê-se.
O relatório revela ainda que, a nível nacional, a “proporção de testes positivos para SARS-CoV-2 foi de 1,0%”, um valor que se mantém abaixo do objetivo definido de 4%”.
Registou-se, no entanto, um aumento do número de testes realizados nos últimos sete dias. Durante esse período, 98% dos casos “foram isolados em menos de 24 horas após a notificação" e "foram rastreados e isolados 81% dos seus contactos".