O Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) de Sintra foi confrontado, este domingo, com cerca de 200 autoagendamentos para vacinação contra a covid-19, sem estar previsto, o que levou a um aglomerado de dezenas de pessoas em Agualva.
Neste momento, o Centro de Saúde de Agualva “já está uma equipa a vacinar” e as pessoas que lá estiveram à espera “vão ser todas vacinadas”, explicou a diretora executiva do ACES de Sintra, Clara Pais, à agência Lusa.
"Contrariamente ao que estava previsto, houve agendamentos centrais feitos no Portal de Autoagendamento, portanto não estavam previstas essas vacinações", indicou a responsável do ACES de Sintra.
Para além da fila de pessoas à espera em Agualva, há mais dois centros de saúde de Sintra "exatamente nas mesmas circunstâncias", mas com menos registos de autoagendamentos. A ACES decidiu identificar os utentes para proceder ao reagendamento da vacinação pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, visto que são quem tem a responsabilidade pelos agendamentos.
"Os autoagendamentos são feitos pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde e fomos confrontados hoje de manhã com a existência desses autoagendamentos", afirmou Clara Pais, ao informar que os utentes destes outros dois centros de saúde de Sintra estão a ser reagendados através de 'sms'.
Os centros de saúde de Sintra estavam fechados, este domingo, pois “não havia agendamentos prévios”, sublinhou a diretora executiva.
Clara Pais disse não saber sobre a origem do problema. "Estes agendamentos são feitos centralmente, portanto digamos que não sei sequer responder a essa questão, porque estes agendamentos não são feitos por nós no Agrupamento de Centros de Saúde, nem pela Câmara, a Câmara nunca faz agendamentos", salientou a responsável do ACES de Sintra.
O presidente da Câmara Municipal de Sintra, Basílio Horta, afirmou que a situação que se viveu esta manhã nos centros de vacinação do concelho “é inaceitável”.
"A Câmara de Sintra investe centenas de milhares de euros nestes centros, disponibiliza todos os meios necessários e depois falha a articulação entre as autoridades de saúde nacional e local e as pessoas são prejudicadas", apontou o autarca, classificando como "incompreensível".
Basílio Horta já falou com os responsáveis do Governo, ao exigir "uma solução rápida e eficaz para resolver este problema e assegurar que situações idênticas não se repitam no futuro".