Jan Hamacek, vice-primeiro-ministro e ministro do Interior da República Checa, está a ser acusado de ter planeado encobrir o escândalo dos espiões russos em troca da vacina russa Sputnik, afirma o portal checo de investigação Seznam Zpravy.
Segundo o portal, o ministro propôs realizar o plano numa viagem a Moscovo que tinha marcado para 17 de abril, no entanto, a visita, que tinha como objetivo negociar oficialmente a compra de um milhão de doses da vacina russa, foi cancelada.
Poucas horas depois, o governo checo anunciou a expulsão de 18 diplomatas da embaixada da Rússia no país, responsabilizando o Kremlin pela “sabotagem” de um depósito de munições, que explodiu e matou duas pessoas, em 2014. Moscovo negou as acusações e expulsou 20 diplomatas checos em contrapartida.
No entanto, o Seznam Zpravy diz agora que Hamacek já sabia, desde 15 de abril, os resultados da investigação à explosão e que ofereceu ao Kremlin silêncio em troca de doses da vacina.
O vice-primeiro-ministro já rejeitou as acusações, informou a Radio Praga.
"O artigo é baseado em especulações e mentiras, que nenhum dos participantes (na reunião) confirmou ou pode confirmar porque não foi assim", disse Hamacek num comunicado, citado pela agência de notícias espanhola EFE.