Por Vasco Ribeiro
É comum que nos eventos de cerimónia, banquetes e jantares de gala ou qualquer outro tipo de banquetes com uma determinada formalidade seja costume haver um discurso acompanhado de um brinde, que ocorre normalmente depois da sobremesa, em que o brinde encerra então o discurso. Champanhe, vinho da Madeira ou vinho do Porto são as três principais bebidas de eleição que são contempladas para realizar o brinde, dependendo do seu âmbito. Ainda assim, em ocasiões da vida social oficial, o vinho do Porto precede.
Como regra geral de protocolo à mesa, cabe ao anfitrião e ao convidado de honra (nesta ordem), proferir algumas palavras, através de um discurso previamente preaprado. A brevidade constitui a regra básica de protocolo quando há lugar a um discurso.
Um brinde corporativo personalizado cumpre o propósito de gerar afinidade e fortalecer os relacionamentos sociais, políticos e diplomáticos entre os presentes, agradecendo, relembrando e reafirmando as relações existentes, advogando-se o seu reforço.
Decorrente do discurso ou brinde, deve o Anfitrião usar da palavra, levantando-se e cumprindo três momentos:
1.º Momento: uma saudação do Anfitrião para com o Convidado de Honra ou personalidade homenageada;
2.º Momento: algumas palavras por ocasião e cortesia do próprio banquete;
3.º Momento: um brinde desejando os melhores votos de prosperidade ao Convidado de Honra ou personalidade homenageada.
Consequentemente, deve o Convidado de Honra usar da palavra responder ao Anfitrião, e por delicadeza, fá-lo em três momentos também:
1.º Momento: agradecer pelas atenções que lhe foram merecidas durante a refeição;
2.º Momento: abordar a temática das conversações tidas à mesa e, da mesma forma, e retribuir os votos de prosperidade manifestados;
3.º Momento: retribuir os votos de prosperidade ao anfitrião.
Desta feita, no final todos os hóspedes convidados se levantam de copo erguido na mão para cima, realizam o brinde e aplaudem, assistindo-se então ao momento em que é este consumado, mas sem o vulgar “tchim tchim” dos copos.
Nos casos em que se assista ao discurso de várias personalidades, o anfitrião ou a pessoa que preside, dá a palavra aos vários oradores, e os mesmos discursam pelo princípio inverso das precedências, isto é, o primeiro nas precedências é quem em último lugar goza da palavra no discurso. É conveniente que a individualidade de maior destaque seja a última a falar, encerrando o discurso, com vista que seja possível fazer um resumo de tudo aquilo que foi proferido, mas mais do que isso, cumpre o objetivo de ter a “última palavra”, por ser a pessoa que está a presidir.
Para além do exposto, é de referir que durante o discurso as personalidades são sempre mencionadas pela normal ordem de precedência que lhe foi concedida.