Jair Bolsonaro afirmou, esta quinta-feira, que é “um crime” o que está a acontecer na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19, referindo-se indiretamente ao senador Renan Calheiros como “vagabundo” que está a inquirir “pessoas de bem”.
“Se Jesus teve um traidor, temos um vagabundo inquirindo pessoas de bem no país. É um crime o que vem acontecendo com essa CPI. Mas o que interessa são as boas ações”, declarou o Presidente do Brasil, sem dizer o nome de Renan Calheiros, num discurso em Maceió, capital do estado de Alagoas, cujo governador é Renan Filho, filho do senador.
Após estas declarações, os apoiantes de Bolsonaro gritaram “Renan, vagabundo”.
“O recado que tenho para esse indivíduo: se quer fazer um show, tentando me derrubar, não o fará. Somente Deus me tira daquela cadeira”, reiterou.
Antes destas declarações, Renan Calheiros já havia dito que a ida do Presidente a Alagoas era “uma evidente provocação a esta comissão parlamentar de inquérito”, mas também um ataque pessoal, declarando que Bolsonaro viajou até Alagoas para “inaugurar obra já inaugurada”.
Mas Bolsonaro não foi o primeiro a chamar Renan Calheiros de “vagabundo”, o mesmo foi dito pelo seu filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro.
De realçar que a CPI em questão tem revelado vários erros e omissões do governo na gestão da pandemia no Brasil, que contabiliza mais de 15 milhões de infetados e 428 mil vítimas mortais.