O Estado português só vai ter disponíveis seis drones para vigiar incêndios na próxima época de fogos (que arranca a 1 de julho), metade dos 12 equipamentos que tinham sido encomendados pelo Governo à empresa UAVision, por 4,5 milhões de euros, com prazo para entrega prevista para julho do ano passado.
Por entre avanços e recuos – e uma total derrapagem dos prazos anunciados pelos ministros da Defesa, João Gomes Cravinho, e do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes –, na melhor das hipóteses chegam às mãos da Força Aérea, Exército e Marinha (as três entidades que vão operar as aeronaves) mais três drones até ao final do período mais crítico de incêndios. Ou seja, apenas em 2022 será possível completar a frota de drones inicialmente prevista.
O anúncio foi feito pelo Chefe do Estado-Maior do Comando Conjunto para as Operações Militares, o tenente-general Marco Serronha, e pelo subchefe daquela estrutura, o almirante Nobre de Sousa, numa sessão de apresentação operacional que decorreu ontem em Oeiras.
Os drones vão operar a partir de três bases (Macedo de Cavaleiros, Lousã e Beja), cobrindo, com seis antenas de norte a sul, 45 mil quilómetros quadrados (cerca de metade) da superfície terrestre nacional.