Este foi o primeiro dos oito Prémios Princesa das Astúrias a ser entregue este ano e ao galardão das Artes foram apresentadas 59 candidaturas de 24 nacionalidades.
Segundo o júri, o trabalho de Abramovic faz parte da "genealogia da performance", com uma componente "sensorial e espiritual" anteriormente desconhecida e carregada de "uma vontade de mudança permanente", com a busca de "linguagens originais com uma essência profundamente humana".
"A coragem do Abramovic na sua dedicação à arte absoluta e a sua adesão à 'avant-garde' oferecem experiências comovedoras, que exigem um envolvimento intenso do espectador e fazem dela uma das artistas mais emocionantes do nosso tempo", explicou o júri.
Cada prémio consiste numa escultura do pintor e escultor espanhol Joan Miró, símbolo que representa o galardão, 50.000 euros, um diploma e uma insígnia, que até 2019 foi entregue numa cerimónia solene presidida pelo rei de Espanha, Felipe VI, no teatro Campoamor, em Oviedo.
Em anos anteriores, o Prémio das Artes foi concedido a personalidades como os compositores Ennio Morricone e John Williams, em 2020, o encenador britânico Peter Brook, em 2019, o ilustrador e realizador de cinema de animação William Kentridge, em 2017,o cineasta Francis Ford Coppola, em 2015, o arquiteto Norman Foster, em 2009, o músico Bob Dylan, 2007, e o realizador Woody Allen, em 2002, entre outros.
O galardão das Artes tem como objetivo distinguir "o trabalho de criação e aperfeiçoamento da cinematografia, teatro, dança, música, fotografia, pintura, escultura, arquitetura e outras manifestações artísticas".