A ministra da Família da Alemanha, Franziska Giffey, anunciou a sua demissão do cargo, esta quarta-feira, devido a um alegado plágio na sua tese de doutoramento.
"Mantenho a minha declaração de que fiz a minha tese com o maior rigor possível. Lamento se cometi erros", afirmou Giffey, num comunicado.
A tese de Giffey, apresentada em 2010 e denominada ‘O Caminho da Europa para o Cidadão – Política da Comissão Europeia e Participação da Sociedade Civil’, foi submetida a uma revisão pela Universidade Livre de Berlim, em 2019.
A Universidade emitiu uma reprimenda por o trabalho não respeitar as normas do trabalho académico, mas determinou que embora houvesse problemas relativos ao tratamento das fontes, estes não tinham peso suficiente a nível quantitativo e qualitativo para justificar uma anulação do grau.
No entanto, em novembro passado, a mesma Universidade anunciou que iria reconsiderar a decisão após um relatório de um perito ter levantado questões sobre a reprimenda emitida. Na sequência, ministra anunciou que deixaria de usar o título de doutora.
Agora, Giffey adiantou que a universidade já terminou a nova análise e que lhe deu até junho para responder, o que irá fazer.
Não quis entrar em mais pormenores, mas sublinhou que, neste momento, o Governo, o SPD e os cidadãos alemães precisavam de transparência, garantindo também que aceitaria a anulação do título, se for essa a decisão da universidade.
Sublinhe-se que apesar de se ter demitido do cargo de ministra, Franziska Giffey mantém a candidatura à presidência da Câmara de Berlim.