As palavras do crítico televisivo e colunista do Correio da Manhã, Eduardo Cintra Tores em relação à Eurovisão tiveram uma onda de respostas nas redes sociais. “Maravilhoso festival de luz e bichas. O Festival EuroBichas da Canção, também conhecido por Festival Eurovisão da Canção, termina hoje depois das semifinais em que o Horror Musical foi quase total e os cenários físicos foram trocados por cenários apenas luminosos, como a ‘Catedral de Luz’ do nazi Albert Speer em Nuremberga (1934-38). A luz não engana apenas melgas e mosquitos”, escreveu o crítico este sábado. O humorista Bruno Nogueira foi dos primeiros a reagir: “O Eduardo Cintra Torres está aborrecidinha. Porque ela não tem atenção, filhas. E ela precisa de ser falada, m’lheres”, disse no Instagram. Ao longo do fim de semana, já depois da final no sábado à noite, sucederam-se reações no Twitter: “Ganharam os vestidos de napa e tronco nu. O Cintra Torres já chamou a polícia”, escreveu um utilizador.
Ao i, António Serzedelo, fundador da Opus Gay, considera que a EuroVisão é um festival que representa a diversidade da música, a diversidade das orientações sexuais” e que existirá sempre “uma minoria contestatária que tem de dizer mal de alguma coisa e dar nas vistas e aproveita qualquer coisa que possa levantar celeuma para criticar”, diz.
Para o atual radialista, as críticas refletem o atual contexto político: “hoje em dia estamos face a provações muito fortes dos “Chegas” internacionais que, impulsionados por toda a extrema direita, procuram encontrar bodes expiatórios para as suas próprias frustrações”.
Já em 2018, Eduardo Cintra Torres tinha criticado o festival, escrevendo no subtítulo da opinião “O festival do exagero kitsch”, “demasiado gritadas, demasiado repetitivas, demasiado gay, demasiado exibicionista”.