O Open de França, ou Torneio de Roland Garros, é o segundo Grand Slam da temporada e um dos mais icónicos. A 125.ª edição arranca já neste domingo e a representação portuguesa está a cargo de João Sousa, n.º 113 no ranking mundial ATP, depois de os restantes tenistas portugueses presentes na fase de qualificação para o torneio terem sido todos eliminados.
Os olhos, no entanto, vão estar postos em duas figuras lendárias do ténis moderno: Rafael Nadal e Roger Federer. O suíço vai regressar a Roland Garros depois de um hiato desde 2019. Já Nadal, que recentemente igualou o número de títulos em Grand Slam de Federer (20) é considerado o ‘rei’ da terra batida e tem nesta edição do Roland Garros a oportunidade de conquistar o 14.º título nesta competição, bem como o 21.º troféu num ‘major’, o que lhe daria o trono sobre Federer.
Desde 2005, contam-se 16 participações de Nadal no Roland Garros, das quais só não saiu vitorioso em três ocasiões. Foi o caso em 2009, após derrota frente ao sueco Robin Soderling, em 2015, diante do sérvio Novak Djokovic e, no ano seguinte, devido a uma lesão. De resto, o espanhol é o tenista mais bem-sucedido deste torneio, e procurará, a partir de domingo, aumentar a vantagem.
Convencido da sua vitória está, até, Juan Carlos Ferrero, antigo número um do ranking mundial, que não hesitou em afirmar que Nadal é o maior candidato a vencer o segundo ‘major’ da época. «No ténis, nunca se pode dizer que algo é garantido, mas claro que é o maior candidato. Vem de ganhar [o Masters 1.000 de] Roma, jogando a um bom nível e, sobretudo, pelo historial que tem neste torneio», defendeu Ferrero, citado pela agência Lusa.
Na equação, no entanto, é necessário adicionar mais um fator: o sérvio Novak Djokovic. Afinal de contas, se Federer regressa de uma pausa desde 2019, e se Nadal está à procura do 14.º título em Paris, Novak Djokovic também está em busca da glória e da redenção, após ter sido derrotado na final da competição, em 2020, pelo próprio Nadal.
Curiosamente, a edição de 2021 ainda nem começou e já é inédita: é a primeira vez que Nadal, Federer e Djokovic aterram no mesmo ‘lado’ dos sorteios dos jogos, o que singifica que está descartada desde início a possibilidade de haver uma final entre dois destes três lendários tenistas.
Djokovic vai arrancar a participação no Open francês frente ao norte-americano Tennys Sandgren, n.º66 no ranking mundial da ATP. Já Nadal vai lutar contra o australiano Alexei Popyrin, nº62, na primeira ronda do torneio francês.
E mesmo depois de passar esta difícil primeira ronda, os candidatos a estar do outro lado do court são a creme de la creme do ténis mundial, o que não facilitará a vida aos três grandes favoritos ao título. Estamos a falar, por exemplo, de Andrey Rublev, Aslan Karatsev, Diego Schwartzman (que ficou pelo caminho em 2020 nas meias-finais), Jannik Sinner e o tenista ‘da casa’ Gael Monfils.
Ausências de peso
O segundo Grand Slam do ano vai ver uma luta intensa entre os principais classificados do ranking mundial da ATP, mas de fora ficaram alguns nomes marcantes da modalidade.
É o caso, por exemplo, de Denis Shapovalov, o canadiano que chegou aos quartos-de-final do US Open em 2020.
Também Stanislas Wawrinka (campeão do Open de França em 2015) e o australiano Nick Kyrgios ficaram de fora desta 125.ª edição do Torneio de Roland Garros.
Para João Sousa, o único português presente na fase final do torneio de Roland Garros, o primeiro jogo será logo um grande desafio. Pela frente estará Taylor Fritz, o jovem tenista norte-americano que ocupa o 33.º lugar no ranking mundial.