O maior e mais visitado museu do mundo, na capital parisiense, terá, a partir de dia 1 de setembro, uma nova direção que revolucionará toda a sua história, já que será a primeira vez que uma mulher o dirigirá. O anúncio foi feito na passada quarta-feira, 25 de maio, pela Presidência francesa, que destacou a historiadora «pelo seu dinamismo, nomeadamente com o projeto de abertura do museu e a exposição ‘Le Modèle noir’, em 2019».
Numa entrevista à rádio France Inter, depois de conhecida a sua nomeação, Laurence des Cars revelou que a sua principal missão será «refletir a sociedade». «O projeto que apresentei à Presidência francesa, pode dizer muito à juventude, e tornar-se uma câmara de eco da sociedade», explicou a nomeada.
«O Louvre pode ser totalmente contemporâneo. Precisamos de perspetiva, porque saímos de uma crise que nos desestabiliza. Vivemos uma época apaixonante, mas muito complicada», comentou, anunciando, como primeira medida, a criação de um departamento que será dedicado a Bizâncio e aos cristãos do Oriente.
Segundo um conselheiro oficial, citado pela agência France Presse, o projeto de Cars para o Louvre foi bem recebido pelo Governo francês, pela «qualidade de acolher a polifonia do mundo num museu em ressonância» com a sociedade. Jean-Luc Martinez, atual presidente do museu, foi agora nomeado «primeiro embaixador para a cooperação internacional no domínio do património» por Emmanuel Macron.