Sejamos sinceros: só o leitor sabe exatamente o que o faz feliz, o que o preenche e o que precisa de fazer para dormir bem à noite. Contudo, a educação foca-se no mundo exterior, razão pela qual muitos são aqueles que vivem resignados, vazios e infelizes.
Existem correntemente muitas formas de ganhar a vida, mas apenas uma de o fazermos felizes: sermos iguais a nós próprios. Não o digo necessariamente de um ponto de vista holístico ou metafísico, mas sim de um ponto de vista prático. Repare: um profissional que gosta do que faz interessa-se pelo resultado final do seu esforço, é motivado, investiga frequentemente temas e informação relacionados, cultiva o ambiente e equipa onde se integra. Assim sendo, todos estes aspetos cruciais fomentam um maior reconhecimento, produtividade, eficiência e, em última instância, resultados (nomeadamente financeiros). Por outro lado, um profissional infeliz trabalha para os requisitos mínimos, empobrece o ambiente e equipa onde se encontra, não procura envolver-se mais, o que dificulta os frutos do tempo que despendeu.
É certo que, por vezes, aqueles que nos rodeiam nos apontam as soluções para os nossos problemas e, em algumas ocasiões, corre bem. Ainda assim, a razão para que tal aconteça deve-se ao simples facto de, nessas mesmas ocasiões, a opinião terceira ser coincidente com a nossa própria, estejamos ou não conscientes disso.
Quer-se com isto dizer que o incentivo correntemente instalado no senso comum, no sistema de educação e no entretenimento, inverte a ordem pela qual devemos agir face às escolhas e opções que nos são colocadas no caminho.
Primeiramente, o leitor está no sentido certo do percurso, qualquer que seja, quando se ouve a si próprio, quando reconhece as suas próprias vontades e instintos. Pode tratar-se de tirar um curso que gosta, mesmo que os seus pais não achem que vos trará os rendimentos que precisam; ou não tirar curso algum e trabalhar numa área que o preenche; pode ser mudar para uma cidade onde está a sua cara-metade, mesmo que os seus mais queridos o queiram próximo; entre milhentas outras circunstâncias. Atenção: pode não obter o resultado esperado, mas será feliz, e não terá arrependimentos. No pior dos cenários, acabou de melhorar a relação consigo próprio e abriu-se às oportunidades que realmente o farão feliz.
Em segundo lugar, mantém-se numa espiral positiva quando não aceita uma ideia como sua sem a filtrar primeiro. Imagine que um amigo seu afirma que irá tropeçar no degrau que se aproxima. Não aceitar a ideia faz do leitor imune a essa circunstância, na medida em que irá estar atento e não se permitirá cair. Se aceitar que tal pode acontecer, expõe-se ao risco inerente, na medida em que faz parte da sua mente e da sua realidade. Não quer dizer que caia, quer dizer que há mais chances de cair. Por essa razão, mais tarde ou mais cedo, cairá.
Desengane-se se pensa que influências externas podem apenas ser negativas. Uma ideia cresce e ‘contamina’ a sua circunstância, à velocidade que se propaga uma pandemia. Se tal acontecer com uma simples ideia positiva, que o deixa emocionado e entusiasmado, corre o risco de não voltar a ser a mesma pessoa nunca mais, para melhor, claro.
Quer ser feliz!? Pratique uma ‘alimentação saudável’ e deixe de comer tudo aquilo que lhe propõem: alimente-se daquilo que o faz realmente vibrar com o momento presente.